Sais e moléculas. Tipos de soluções
A maioria dos
solutos polares ou contendo ligação iônica (como os sais) não é infinitamente
solúvel em água ou outro solvente polar, isto é, não é miscível com este em
todas as proporções. Isso leva à
formação de soluções com distintos níveis de soluto dissolvido:
A) SOLUÇÃO
SATURADA: refere-se à quantidade máxima de soluto que pode ser dissolvida em um
dado volume de solvente e a uma determinada temperatura e pressão. O excedente se separa na forma de uma fase
distinta da solução, e estabelece-se um equilíbrio dinâmico entre o soluto na
água e na fase segregada.
Normalmente, os valores de solubilidade são dados
em termos de solução saturada a uma data T e P (em geral, 1 atm).
B) SOLUÇÃO NÃO SATURADA: ela contém soluto abaixo
da saturação. Pode ser concentrada (quando a concentração está próxima da
saturação) ou diluída (a quantidade dissolvida está muito abaixo da saturação).
C) SOLUÇÃO SUPERSATURADA: ela contém mais soluto
que o volume de solvente pode comportar em uma dada temperatura e pressão. Elas
são instáveis e não estão em equilíbrio dinâmico. Qualquer perturbação provoca
a deposição do excesso de soluto dissolvido, por exemplo, ao se introduzir um
cristal do soluto a ser cristalizado. A maneira mais simples de se fazer essa
solução é aquecer o solvente a uma temperatura acima da ambiente e aí dissolver
o soluto. Depois, deixa-se resfriar o sistema.
CRISTALIZAÇÃO: técnica muito usada em Química para
purificar solutos sólidos impuros. Consiste em dissolver o soluto bruto em um
solvente aquecido seguido de resfriamento. O sólido que se deseja purificar
cristaliza e as impurezas ficam em solução. Porém, é bom lembrar que:
a) Uma cristalização LENTA a partir de uma solução
supersaturada permite obter cristais grandes e muito puros, como se vê na
figura (trata-se do cloreto de chumbo(II), PbCl2.
b) Uma cristalização RÁPIDA a partir de uma solução
supersaturada recém-preparada frequentemente forma cristais pequenos e impuros.
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